O Itaú (ITUB4) divulgou, na noite de ontem (4), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A instituição reportou lucro recorrente gerencial de R$10,675 bilhões, alta anual de 18,1% e levemente acima dos R$10,359 bilhões estimados pelo consenso LSEG.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do banco foi de 22,7%, alta de 1,6 ponto percentual em comparação a um ano antes.
Sua carteira de crédito total ajustada avançou 9,9% em um ano, para R$1,278 trilhão, com sua margem financeira gerencial aumentando 8,5%, para R$28,512 bilhões, sua margem com clientes registrando alta de 7,4%, para R$27,455 bilhões, e sua margem com o mercado crescendo 47,7%, para R$1,05 bilhão.
O índice de inadimplência total do Itaú, que mede os empréstimos com atraso de mais de 90 dias, recuou 0,4 ponto percentual em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, para 2,6%.
“O cenário positivo na qualidade de crédito, em função das safras recentes, e a consequente melhora nos índices de inadimplência justificam a redução da despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa na comparação anual”, afirmou o banco, em comunicado.
O Goldman Sachs considerou o resultado positivo, destacando que ele reafirma a capacidade do banco de atingir seu guidance, mantendo a sua rentabilidade bem acima da de seus pares do setor privado.
Os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfield, Beatriz Abreu e Lindsey Schema, que assinam o relatório, ainda chamaram a atenção para a tendência positiva vista no segmento de empréstimos.
Para o quarteto, o crescimento do NII foi saudável, puxado pelo NII com clientes, enquanto o NII de mercado apresentou queda, com taxas ligeiramente menores quando comparadas com o trimestre anterior.
Dessa maneira, eles optaram por manter recomendação de “Compra” para suas ações (ITUB4), com preço-alvo de R$41,00, com potencial de ganho de 16,21% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$35,28.
O Safra também considerou o resultado positivo, com os analistas Daniel Vaz, Silvio Doria e Maria Luisa Guedes, que assinam a publicação, destacando a capacidade do banco de aumentar receitas e construir capital em um nível elevado de ROE.
Com isso, o trio reiterou recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (ITUB4) e o posto de Top Pick do setor, com preço-alvo de R$45,00, com potencial de ganho de 27,55.
Da mesma maneira, o resultado foi elogiado pelos analistas da XP Investimentos, classificando-o como “impressionante”.
“Nesse trimestre, o banco registrou um lucro líquido de R$10,7 bilhões, superando nossas estimativas em 4%, com um ROE de 22,7%. Esse ROE poderia ter sido ainda maior se não fosse o excesso de capital, já que o índice de Basileia ficou em 17,2% no final do trimestre”, afirmam Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas que assinam a publicação.
“Esse forte desempenho reflete uma aceleração no crescimento da carteira, levando o banco a revisar para cima seu guidance de crescimento da carteira para 2024″.
Olhando à frente, eles acreditam que o banco deve continuar a aumentar seus lucros, “enquanto distribui seu capital excedente aos acionistas”.
Com isso, o trio reafirma recomendação de “Compra” para suas ações (ITUB4), além do posto de Top Pick do setor, com preço-alvo de R$42,00, com potencial de ganho de 19,05%.