A JBS (JBSS3) divulgou, na noite de ontem (13), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$3,84 bilhões, alta de 571% em comparação ao mesmo período de 2023 e levemente acima dos R$3,73 bilhões estimados pelo consenso LSEG.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado avançou 120,7%, para R$11,94 bilhões.
Sua receita líquida cresceu 21% no comparativo anual, para R$110,5 bilhões, um recorde para a companhia.
“Com exceção da JBS Beef North America, que enfrenta um ciclo do gado desafiador, todas as unidades de negócio mostraram evolução na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para Seara, Pilgrim’s e JBS Brasil. Esse resultado reforça a fortaleza da plataforma global diversificada”, afirmou a companhia, no comunicado.
Para o time de análises do Bradesco BBI, o resultado foi positivo, destacando o “impressionando” Ebitda ajustado da companhia.
Dentre seus segmentos, eles destacam o resultado da Seara, cuja margem Ebitda foi de 21%, outro recorde para ela, superando suas expectativas em 2 pontos percentuais. Além disso, eles também elogiaram os números da JBS Brasil, US Beef e US Suin, que também ficaram acima das expectativas.
Outro fator citado pela instituição é a revisão para cima do guidance para seu Ebitda, o que faz com que o indicador implícito para o próximo trimestre fique na faixa de US$1,55 bilhão a US$1,75 bilhão.
“Embora isso sugira uma desaceleração sequencial importante (EBITDA de médio alcance -23% QoQ), a taxa de execução do 4T24 ainda se traduziria em EBITDA anualizado de ~R$ 36,4 bilhões, o que é 15% acima da estimativa atual do consenso para 2025”, comentam.
“Mesmo que as margens de aves possam continuar a desacelerar em relação às máximas, há muito espaço para que os lucros continuem sendo revisados para cima”.
Com isso, eles reiteraram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, e o posto de Top Pick do setor para suas ações (JBSS3), com preço-alvo de R$46,00, com potencial de ganho de 26,27% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$36,43.
Para a XP, o resultado foi “animador”.
“Frango e suínos continuam em destaque, garantindo resultados sólidos na PPC , Suínos nos EUA, e com uma margem recorde para a Seara, ainda JBS Brasil (Friboi) teve seus 15 minutos de fama com um de seus melhores desempenhos registrados”, comentam os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.
“Austrália veio mais baixa T/T e, apesar da perspectiva desafiadora, Bovinos nos EUA conseguiu entregar uma tímida melhora sequencial, embora a resiliência nos preços da carne bovina permaneça um fator positivo para outras unidades de negócios”.
Além disso, eles também destacaram a revisão do guidance de seu Ebitda ajustado, o que deve alimentar “um rali contínuo das ações” na visão deles.
Sendo assim, eles reforçaram recomendação de “Compra” e o posto de Top Pick do setor para suas ações (JBSS3), com preço-alvo de R$47,90, com potencial de ganho de 31,49%.
Da mesma maneira, os analistas da Genial Investimentos consideraram o resultado “surpreendentemente positivo”.
“Consolidando números em geral acima das expectativas, a JBS mais uma vez provou a capacidade de execução e a força da tese de diversificação, tanto de regiões geográficas como de diferentes proteínas no portifólio. Ainda assim, recomendamos ‘comer o churrasco’ logo, enquanto a carne ainda está quente”, afirmam os analistas Igor Guedes, Luca Vello, Isabelle Casaca e Iago Souza.
“Ou seja, sugerimos aos investidores que aproveitem a consolidação dos números acima das expectativas e surfem o momentum positivo de apreciação das ações o quanto antes, uma vez que levantamos dúvidas sobre a capacidade de sustentação de margens tão agressivas, principalmente para a Friboi na JBS Brasil, diante da reversão do ciclo do gado”.
O quarteto reiterou recomendação de “Compra” para suas ações e elevou o preço-alvo para os próximos 12 meses de R$40,00 para R$42,00, com potencial de ganho de 15,29%.