A Klabin (KLBN11) divulgou, nesta segunda-feira (4), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$729 milhões, alta de 197,6% quando comparado com um ano antes.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, imposto, depreciação e amortização) ajustado avançou 33% no comparativo anual, para R$1,805 bilhão, com sua margem Ebitda ajustada avançando 5 pontos percentuais, para 36%.
Já sua receita avançou 14% em comparação a um ano antes, para R$274 milhões.
Para os analistas do BTG, o resultado foi positivo, com a companhia tendo superado suas expectativas.
“Olhando para o futuro, com o aumento de caixa de R$ 1,8 bilhão do Projeto Plateau e a nova política de dividendos, esperamos que a alavancagem diminua gradualmente”, afirmam os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi, que assinam um relatório enviado a clientes da instituição após a divulgação do resultado.
“Continuamos a ver a Klabin como uma empresa bem administrada, de baixo beta e de crescimento diversificado, que oferece um refúgio seguro, especialmente em um cenário de real mais fraco”.
Apesar disso, a dupla optou por manter recomendação “Neutra” para suas units (KLBN11), com preço-alvo de R$28,00, com potencial de ganho de 33,21% quando comparado com o fechamento de sexta-feira (1), a R$21,02.
O time de análises do Goldman Sachs também gostou dos números apresentados, com os analistas Marcio Farid, Gabriel Simões e Henrique Marques, que assinam o relatório, destacando que a alavancagem e a pressão sobre o fluxo de caixa da Klabin estão no pico e devem apresentar recuperação daqui para a frente.
“Como observamos em nossa recente elevação da recomendação para Neutro, acreditamos que a pressão do FCF (fluxo de caixa livre) provavelmente atingirá seu pico em 2024 e será seguido por geração positiva de FCF em função da normalização do capex e algum crescimento dos lucros”, comentou o trio.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas units (KLBN11), com preço-alvo de R$20, 4,9% abaixo do seu preço de fechamento na última sexta-feira.
Da mesma maneira, o Safra considerou o resultado da companhia positivo, destacando a sua geração de caixa.
Olhando à frente, os analistas Ricardo Monegaglia e Felipe Centeno, que assinam a publicação, têm uma visão construtiva para a companhia.
“Temos uma perspectiva construtiva sequencial para os resultados da Klabin, apoiados pela continuidade do aumento de produção do MP28 e da Figueira e por números saudáveis de preço e volume em papel e embalagens”, afirmam, acrescentando que o real mais fraco e os custos de paradas em tendência de queda também auxiliam.
“No entanto, precisamos entender melhor a contribuição negativa proveniente dos preços de celulose mais baixos e problemas logísticos, que podem impactar o crescimento do Ebitda no quarto trimestre deste ano”, ponderam.
Com isso, eles optaram por manter recomendação “Neutra” para suas units (KLBN11), com preço-alvo de R$23,90, com potencial de ganho de 13,70%.
