Resultado da Lojas Renner no 3T24 divide analistas

A Lojas Renner (LREN3) divulgou, na noite de ontem (7), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.

A companhia reportou lucro líquido de R$255,3 milhões, alta de 47,7% quando comparado com o mesmo período de 2023, puxado pelo maior resultado operacional, conforme comentou no relatório.

Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 59,1% em um ano, para R$576,8 milhões, com sua margem Ebitda avançando 5,7 pontos percentuais, para 19,5%.

Já sua receita líquida cresceu 9,5% no comparativo anual, para R$3,39 bilhões.

“Os resultados do terceiro trimestre demonstram que a evolução do nosso modelo de negócios e as iniciativas relevantes que colocamos em prática até o momento estão alavancando o potencial da nossa companhia”, destacou.

Para o Bradesco BBI, os resultados foram neutros ou, no máximo, levemente positivos, “considerando que o desempenho subjacente da operação principal (varejo) não justifica, em nossa opinião, uma revisão adicional do EPS após o 3T24, enquanto a Realize foi uma surpresa agradável, com alguma revisão positiva”.

“A tendência da tese da LREN realmente parece mais saudável agora, e o recente rali (LREN3 +25% desde o último resultado) já precifica em certa medida as expectativas de descompressão do lucro líquido em andamento (+48% YoY neste trimestre)”, afirmam os analistas da instituição.

“Vale ressaltar que a “linguagem corporal” mais segura da gerência continua em vigor, mencionando que a LREN entrou em uma nova fase de crescimento e lucratividade sem necessidades significativas de investimento em infraestrutura, em contraste com os últimos anos”.

Com isso, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, com preço-alvo de R$25,00 para o fim do ano que vem, com potencial de ganho de 38,27% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$18,08.

Da mesma maneira, a XP considerou-os neutros, dado que eles vieram em linha com o projetado pelos seus analistas.

Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação, destacaram a rentabilidade da companhia e o desempenho da Realize no período.

“A margem bruta do varejo aumentou 1,1 p.p. em relação ao 3T19 (54,6%), apoiada por um modelo mais ágil, com a maior parte da coleção desenvolvida durante a estação, enquanto a alavancagem operacional levou o EBITDA ajustado (com IFRS e excluindo créditos fiscais) a subir 2,0 p.p., apesar das maiores provisões de bônus e outras despesas”, comentou o trio.

“Quanto à Realize, o EBITDA ajustado ficou acima do nosso, atingindo R$58 milhões, devido à menor necessidade de provisionamento (-32% A/A), enquanto as principais métricas (Over 90, indíce de cobertura, inadimplência) melhoraram, em linha com seus pares”.

Com isso, mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$23,00, com potencial de ganho de 27,21%.

Já para o Citi, o resultado foi forte, com os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo, que assinam a publicação, destacando o crescimento das vendas líquidas, apesar de terem ficado abaixo de suas perspectivas.

Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$21,00, com potencial de ganho de 16,15%.