A Prio (PRIO3) divulgou, na noite de ontem (5), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro lÃquido de US$165 milhões, queda de 52% em comparação ao mesmo perÃodo de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado registrou queda de 48% em um ano, para US$327,612 milhões, com sua margem Ebitda ajustada recuando 11 pontos percentuais, para 69%.
Já sua receita lÃquida somou US$474,19 milhões, caindo 40% no comparativo anual.
Para o time de análises da XP Investimentos, o resultado foi fraco, em um “trimestre desafiador”.
“A PRIO reportou resultados fracos no 3T24, em grande parte impulsionados pela redução significativa na produção (c.-22% t/t) combinada com preços mais baixos do Brent”, afirmam os analistas Regis Cardoso e Helena Kelm, que assinam a publicação.
“Apesar da queda substancial, acreditamos que os resultados mais fracos eram amplamente esperados (estávamos ligeiramente acima do consenso)”.
Olhando à frente, a dupla projeta um cenário mais positivo para a companhia, dada a recuperação de sua produção em Outubro, que cresceu 13% em comparação à média do terceiro trimestre.
“Esperamos pequenas melhorias adicionais no curto prazo, como a reativação de poços parados em TBMT (embora a aprovação do IBAMA para a recuperação esteja demorando mais do que o esperado anteriormente) e ganhos em Albacora Leste após a manutenção, o que pode adicionar cerca de 4-6kbpd à produção (XPe)”, projetam.
“Olhando para 2025, as vantagens são muito mais substanciais com o fechamento da aquisição de Peregrino (cerca de 36-40kbpd lÃquidos para a PRIO) e o inÃcio da produção de Wahoo (cerca de 40kbpd) (também pendente das licenças do IBAMA, que estão demorando mais do que o normal)”.
Os analistas projetam que o rendimento do FCFE da companhia deve ser de 23% no ano que vem, “partindo de uma taxa anualizada no inÃcio do ano de cerca de 16% (incluindo Peregrino, mas não Wahoo) e saindo do ano com um rendimento anualizado de cerca de 28% (incluindo Peregrino e Wahoo)”.
Com isso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (PRIO3), com preço-alvo de R$64,00, com potencial de ganho de 58,69% quando comparado com seu fechamento de ontem, a R$40,33.
Da mesma maneira, apesar do time de análises da Genial Investimentos também considerar os números fracos, eles já esperavam por isso.
O analista Vitor Sousa, que assina a publicação, destaca que, apesar do “teste de paciência”, ele volta a afirmar que a companhia tem sido afetada por “um fator externo e alheio a sua vontade”.
“Não temos pretensão de alterar nossa visão em relação a tese da empresa. Dito isso, acreditamos que esse tipo de acontecimento é exatamente aquele que investidores devem tomar vantagem para comprar empresas de alta qualidade por nÃveis de avaliação interessantes: achamos que o atual nÃvel de preço da ação não corresponde as caracterÃsticas da empresa e, principalmente o seu nÃvel de avaliação (EV/EBITDA 25E negocia em apenas 2,4x e com rendimento de fluxo de caixa de 21% já considerando a entrada operacional de Wahoo)”, comenta.
“Permanecemos otimistas com o case e ressaltamos que o momento que a empresa atravessa deve ser interpretado muito mais como uma oportunidade de compra do que qualquer outra coisa”.
Com isso, ele seguiu com recomendação de “Compra” para suas ações (PRIO3), com preço-alvo de R$70,00, com potencial de ganho de 73,57%.