A Sabesp (SBSP3) divulgou, na noite de ontem (12), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano, o primeiro desde sua privatização.
A companhia reportou lucro lÃquido de R$6,1 bilhões, alta de 622% em comparação ao mesmo perÃodo de 2023, influenciada por efeitos não-recorrentes.
Quando esses efeitos são ignorados, o seu lucro foi de R$1,17 bilhão, alta de 43,6% no comparativo anual e acima dos R$1,09 bilhão estimado pelo consenso LSEG.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$10,6 bilhões, alta de 344% em um ano, também influenciado pelos efeitos não-recorrentes. Excluindo-os, o Ebitda ajustado da companhia foi de R$2,785 bilhões, crescendo 16,7%.
Já sua receita operacional lÃquida cresceu 6,7% no comparativo anual, para R$5,462 bilhões.
Para o Safra, o resultado foi positivo, embora tenha ficado levemente abaixo do previsto pelos seus analistas, “dado que a empresa conseguiu mais uma vez entregar um bom controle dos custos operacionais, mesmo após o ajuste para efeitos não recorrentes, compensando parcialmente os menores volumes vistos no 3T24”.
“O reconhecimento de ativos financeiros não recorrentes impulsionou a comparação ano a ano, mas os números ajustados ainda teriam sido bons”, acrescentam.
Olhando à frente, o time de análises da instituição acredita que a companhia deve continuar “implementando iniciativas de ganho de eficiência e acelere a implantação de capex para atingir as metas definidas pelos novos contratos de concessão”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (SBSP3).
Da mesma maneira, o time de análises da Genial Investimentos classificou o resultado como bom, tendo superado as suas expectativas.
“Em nossa interpretação, esse resultado trimestral não deve acrescentar em nada a tese da empresa ou trazer qualquer conclusão sobre o processo de turnaround tocado pela nova gestão e somos céticos quanto a possibilidade desse resultado trimestral trazer qualquer volatilidade ou grandes interpretações em relação ao que esperar da companhia daqui por diante”, pondera Vitor Sousa, que assina a publicação, lembrando que o CEO e o CFO da companhia foram anunciados só no final do trimestre.
“Dito isso, acreditamos que grandes anúncios sobre o que esperar da empresa daqui por diante deve se materializar apenas em 2025”, acrescenta.
“De uma maneira ou de outra, seguimos confiantes no futuro da empresa tendo em vista o grande sucesso e histórico de execução do acionista de referência e, principalmente, o nÃvel ainda atrativo de avaliação da empresa”.
Com isso, ele manteve recomendação de “Compra” para suas ações, mas sem preço-alvo, que será definido no futuro.
Já para a XP, os resultados foram neutros, com boa parte deles em linha com o projetado por seus analistas.
“O EBITDA ficou em linha com nossas estimativas, ajustando-se a vários itens relacionados à recente privatização da empresa, como a reavaliação de seus ativos intangÃveis, provisões e baixa de ativos. O lucro lÃquido ajustado foi melhor devido a despesas de depreciação inferiores ao esperado”, afirmam Vladimir Pinto e Bruno Vidal, analistas que assinam a publicação.
A dupla destaca, porém, que eles ainda não refletem qualquer iniciativa da Equatorial (EQTL3) como acionista de referência.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (SBSP3), com preço-alvo de R$123,00, com potencial de ganho de 33,61% quando comparado com o seu fechamento de ontem, a R$92,06.