O Santander (SANB11) divulgou, na manhã de hoje (29), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano, dando o pontapé inicial na temporada de resultados dos grandes bancos do paÃs.
A instituição reportou lucro lÃquido gerencial de R$3,7 bilhões no perÃodo, alta de 34% quando comparado com o mesmo perÃodo do ano anterior e levemente acima do consenso Bloomberg, que estimava R$3,5 bilhões.
O retorno sobre o patrimônio (ROE) do banco avançou 4 pontos percentuais em comparação a um ano antes, para 17%.
Mario Leão, CEO do Santander, afirmou, no relatório de resultados, que o banco está pronto para dar continuidade à “trajetória de evolução do ROE tendo a tecnologia como uma importante alavanca para criar valor e experiência”.
Suas receitas totais cresceram 15,1% no comparativo anual, para R$20 bilhões, enquanto sua margem financeira avançou 6,1%, para R$15,2 bilhões.
A carteira de crédito ampliada do banco registrou alta de 6,1% em comparação ao terceiro trimestre de 2023, para R$663,5 bilhões, reflexo da priorização de negócios estratégicos, de acordo com a própria instituição.
Por outro lado, seu Ãndice de inadimplência de 15 a 90 dias recuou 0,5 ponto percentual no comparativo anual, para 3,6%, “graças a melhora relevante tanto em pessoa jurÃdica (empresas) quanto em pessoas fÃsicas, enquanto a provisão para perdas com empréstimos cresceu 4,7% em um ano, mas caiu 0,2% no comparativo trimestral, para R$5,8 bilhões.
O resultado agradou os analistas.
O Safra destacou que, assim como no resultado referente ao perÃodo entre Abril e Junho deste ano, os números apresentados nesse trimestre foi impulsionado por menores provisões lÃquidas, principalmente em recuperações mais altas, mas mantendo uma melhora nas tendências de qualidade de seus ativos.
Para o time de análises da XP, os números foram “sólidos”, apesar de terem sido, em sua maioria, em linha com o esperado.
“No geral, vemos o Santander no caminho certo para entregar resultados ainda melhores no futuro. Nos últimos trimestres, o banco diversificou seu mix de financiamento, aumentou sua exposição a clientes de alta renda (Select), melhorou a qualidade do crédito e alcançou um crescimento saudável da carteira por meio de uma atividade comercial eficaz”, afirmam os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam a publicação.
“Em nossa opinião, essas conquistas preparam o caminho para que o banco aumente ainda mais sua lucratividade, deixando para trás os dias de ROE abaixo do custo de capital”.
Apesar disso, o trio manteve recomendação “Neutra” para suas units, com preço-alvo de R$36,00, com potencial de ganho de 24,70% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$28,87.