A Suzano (SUZB3) divulgou, ontem, seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou prejuízo líquido de R$6,7 bilhões, revertendo lucro líquido de R$4,5 bilhões registrado um ano antes. O número é bem pior do que apontava o consenso LSEG, com os analistas estimando-o em R$4,9 bilhões.
De acordo com comunicado, o resultado foi pressionado pela variação cambial, que impactou tanto a sua dívida quanto suas operações de hedge.
Apesar disso, seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado cresceu 44%, para R$6,5 bilhões, praticamente em linha com os R$6,3 bilhões estimados.
Já sua receita líquida cresceu 37%, totalizando R$14,2 bilhões, acima dos R$12,9 bilhões esperados.
Para a XP, o resultado da Suzano foi “decente”.
“Com um desempenho decente no 4T24 e considerando nossa perspectiva positiva para os preços da celulose, acreditamos que a Suzano está bem posicionada para capitalizar o ponto de inflexão em curso no ciclo da celulose”, afirmam os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, que assinam o relatório publicado ontem.
“Além disso, com o fluxo de caixa significativo após o ramp-up do Cerrado, vemos a Suzano como atraente por meio de várias métricas, com FCF Yield 2025-26E de ~12-15% e múltiplos descontados”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$92,00, com potencial de ganho de 58,70% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$57,97.
Para o time de análises da Genial, o resultado também foi positivo, principalmente pelo lado operacional.
“O principal destaque foi o volume, com embarques de celulose totalizando 3,3Mt (+12,6% vs. Genial Est.), acima do consenso (+8,7% vs. consenso)”, afirmam os analistas Igor Guedes, Luca Vello, Isabelle Casaca e Iago Souza.
“O desempenho de vendas da divisão de papéis também foi mais ascendente do que esperávamos (+13,9% vs. Genial Est.)”.
Já com relação ao prejuízo, o quarto comenta que já era esperado e destaca que eles são ajustes contábeis e que “não possuem efeito no fluxo de caixa, e, portanto, não exercerão penalização dos investidores ao resultado”.
Sendo assim, eles também reiteraram recomendação de “Compra”, com preço-alvo para 12 meses de R$72,00, com potencial de ganho de 24,20%.