A Usiminas (USIM3; USIM5) divulgou, hoje (25) pela manhã, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reverteu prejuízo registrado no mesmo período do ano passado, registrando lucro de R$185 milhões entre Julho e Setembro deste ano.
O bom desempenho foi ocasionado pela melhora do seu resultado operacional e pelo efeito da receita financeira registrada no período.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$426 milhões, também revertendo resultado negativo de R$20 milhões no terceiro trimestre de 2023, com sua margem Ebitda ajustada avançando 6,5 pontos percentuais, para 6%.
Já sua receita líquida cresceu 2% em comparação a um ano antes, para R$6,817 bilhões.
Para o Itaú BBA, o resultado foi positivo, com destaque para o Ebitda da companhia.
Os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares, que assinam a publicação, comentam que o resultado foi impulsionado pelo melhor desempenho do segmento de aço, que mais do que compensou o enfraquecimento da divisão de mineração.
Além disso, o quarteto também deu ênfase à queda da alavancagem financeira da companhia, que reduziu para 0,4x no período.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (USIM5), com preço-alvo de R$8,50, com potencial de ganho 33,44% quando comparado com o seu fechamento de ontem, a R$6,37.
O time de análises do BTG também se mostrou satisfeito com o resultado apresentado pela companhia.
“Ficamos satisfeitos em ver a empresa indicar uma melhora Ebitda no quarto trimestre de 2024, à medida que colhe os benefícios de seu novo alto-forno em Ipatinga”, afirmaram Leonardo Correa e Marcelo Arazi, analistas que assinam a publicação.
A dupla destacou o desempenho do segmento de aço, que surpreendeu e reflete as melhores condições da demanda interna.
Por outro lado, eles acreditam que o segmento de mineração da companhia deve ter dificuldades caso o minério de ferro volte a ser negociado na faixa entre US$90 e US$100 por tonelada.
Além disso, outro fator que chamou a atenção deles foi a geração de fluxo de caixa livre, enquanto a sua alavancagem segue “altamente contida”.
“Embora a alavancagem esteja controlada, acreditamos que anos de subinvestimento devem justificar maiores gastos de capital à frente, limitando retornos de caixa relevantes para os acionistas”, ponderam, acrescentando que, mesmo assim, eles esperam uma melhora gradual em seu lucro líquido no futuro.
Apesar do bom resultado, a dupla optou por manter recomendação “Neutra” para suas ações (USIM5), com preço-alvo de R$8,00, com potencial de ganho de 25,59%.
Já o Citi considerou que o resultado foi neutro, com os números vindo em linha com o estimado pelos seus analistas.
Ainda assim, eles destacaram o bom desempenho do segmento de aço, enquanto que afirmaram que o segmento de mineração foi mais fraco por conta dos preços mais baixos.
Olhando à frente, os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, que assinam a publicação, acreditam que a companhia deve apresentar uma melhoria em suas margens.
Apesar da perspectiva positiva, eles optaram por manter recomendação “Neutra” para suas ações (USIM5), com preço-alvo de R$7,00, com potencial de ganho 9,89%.