A Vivara (VIVA3) divulgou, na semana passada, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$107,2 milhões, alta de 40% em comparação ao mesmo período do ano passado, puxado, principalmente, pela sua performance operacional.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 23,6% em um ano, para R$149,694 milhões, puxado por ajustes nas despesas da companhia, otimização de sua estrutura administrativa e maior volume de crédito presumido por conta da aceleração da produção em Manaus.
Já seu Ebitda ajustado registrou alta de 43,7%, para R$127,3 milhões, com sua margem Ebitda ajustada avançando 3,2 pontos percentuais, para 22,6%.
Sua receita líquida cresceu 23,1% no comparativo anual, para R$562,9 milhões, puxada por um avanço de 13,5% das vendas em mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês), aumento no número de pontos de venda e também nas vendas digitais.
Para o time de análises do BTG, o resultado foi positivo.
“A Vivara reportou outro trimestre de forte crescimento da receita líquida e melhoria da lucratividade, acima de nossas estimativas”, afirmam os analistas Luiz Guarais, Gabriel Disselli, Pedro Lima e Luis Mollo, que assinam a publicação.
Para o quarteto, a companhia está bem posicionada para “avançar mais”, impulsionada por grandes vantagens de escala, um modelo de negócios verticalmente integrado e vantagens na distribuição em todo o Brasil, além de ter uma marca forte em um mercado fragmentado.
“Embora reconheçamos o risco das recentes (e muitas) mudanças na equipe de gestão da Vivara (e devamos monitorar de perto a evolução dos principais KPIs no longo prazo, como a produtividade das lojas, a canibalização entre as bandeiras Life e Vivara e a expansão internacional, bem como a rotatividade da gestão), a perspectiva do curto prazo operacional parece promissora”, concluem.
Com isso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (VIVA3), com preço-alvo de R$36,00, com potencial de ganho de 40,73% quando comparado com o fechamento da última sexta-feira, a R$25,58.
Da mesma maneira, o Bradesco BBI também gostou dos números apresentados pela companhia.
“No 3T24, a receita líquida da VIVA respondeu bem à nova abordagem de alocação de estoque, acelerando o crescimento para mais de 20% YoY pela primeira vez YTD, enquanto a reformulação extrema na estrutura corporativa da nova gestão da empresa (em seu segundo trimestre de mandato, detalhes aqui) continuou a dar suporte à expansão da margem EBITDA”, afirmam.
“Ainda acreditamos que é muito cedo para presumir que as recentes mudanças drásticas na administração da VIVA não terão efeitos colaterais negativos em seus fundamentos no longo prazo, mas os impactos vistos no 2T24 e 3T24 devem continuar a sustentar o momentum de curto prazo e o crescimento do EPS”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (VIVA3), com preço-alvo de R$35,00, com potencial de ganho de 36,83%.