A Weg (WEGE3) divulgou, na manhã de hoje (30), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$1,578 bilhão, alta de 20,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, porém abaixo dos R$1,62 bilhão projetado pelo consenso LSEG.
O seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 27,9% em um ano, para R$2,224 bilhões, praticamente em linha com os R$2,27 bilhões estimados pelos analistas.
Sua margem Ebitda avançou 1,1 ponto percentual em comparação ao terceiro trimestre de 2023, para 22,6%.
Já sua receita líquida avançou 22,1% no comparativo anual, para R$9,857 bilhões, levemente abaixo dos R$9,93 bilhões projetados pelo consenso LSEG.
De forma geral, os analistas consideraram o resultado positivo, apesar de acreditarem que o impacto no preço das ações no curto prazo deve ser neutro.
O time de análises do Itaú BBA afirmou que os números foram “amplamente em linha” com suas expectativas.
Os analistas Daniel Gasparete e Gabriel Rezende, que assinam a publicação, destacaram que, de forma geral, os números foram positivos para a companhia, que apresentou “bom” crescimento no mercado externo, enquanto conseguiu manter os números do mercado interno estáveis.
“No entanto, veríamos qualquer fraqueza das ações como uma oportunidade de compra”, acrescentaram.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (WEGE3), com preço-alvo de R$57,00 para o final do ano, praticamente em linha com o fechamento de ontem, a R$56,94.
Da mesma maneira, os analistas do Bradesco BBI afirmaram que os números foram “sólidos”, destacando o crescimento de suas receitas, da margem Ebtida ex-Regal Rexnor e do seu RoIC, além da queda na taxa efetiva de imposto de 2,6 pontos percentuais no comparativo trimestral.
Apesar disso, eles optaram por manter recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$51,00 para o próximo ano, 10,43% abaixo do preço de fechamento de ontem.
Por outro lado, a XP considerou os números “ligeiramente abaixo do esperado”, com seu lucro líquido ficando 2% abaixo do esperado pelos seus analistas.
“Vemos receitas externas (+41% A/A ou +14% em termos orgânicos e em dólares) confirmando o sólido ambiente de demanda por Transmissão & Distribuição (T&D) na América do Norte, embora compensadas pela desaceleração das vendas domésticas (com impactos piores do que o esperado no segmento de Geração, Transmissão e Distribuição (GTD) no Brasil)”, comentam os analistas Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, que assinam a publicação.
“Após um nível de rentabilidade melhor do que o esperado no último trimestre, vimos altas expectativas para as margens da WEG e, embora a margem EBITDA de 22,6% esteja inegavelmente em um patamar saudável, vemos a contração sequencial (-0,3p.p. T/T) como uma potencial decepção para a maioria dos investidores, levantando preocupações sobre os níveis de rentabilidade estruturais da WEG daqui para frente”.
Olhando à frente, eles afirmam continuar “a ver uma taxa de crescimento de dois dígitos como uma expectativa razoável para a WEG daqui para frente, com investimentos mundiais em rede em meio à capacidade limitada da indústria, desenhando um cenário favorável para T&D para os próximos anos”.
“Mesmo assim, acreditamos que os resultados de hoje podem levantar preocupações em torno das perspectivas de demanda do mercado doméstico, bem como do nível de rentabilidade estrutural da WEG após a consolidação de todas as suas divisões”, ponderam.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$54,00, 5,16% abaixo do preço de fechamento de ontem.