A XP divulgou, na última terça-feira (27), um relatório em que atualiza suas premissas para as ações da Sabesp (SBSP3).
A publicação, assinada por Vladimir Pinto e Bruno Vidal, chama a atenção para dois pontos.
O primeiro deles é o foco da companhia na eficiência.
“Um dos principais tópicos discutidos [durante a conferência do terceiro trimestre deste ano e em discussões subsequentes com investidores] foi o potencial para sinergias operacionais que poderiam ser realizadas após a recente privatização da empresa”, afirmam.
“Isso inclui projetos em andamento voltados para otimizar os custos de energia e reduzir provisões”.
Outro fator citado pela dupla é a estratégica detalhada para a execução do Capex.
“Outro tópico significativo abordado com a nova gestão foi a estratégia abrangente para executar o substancial pipeline de capex planejado para os próximos anos, a fim de atender às metas de universalização”, comenta os analistas.
“Como mencionado durante a chamada, os contratos serão divididos em projetos menores para aumentar o número de fornecedores capazes de cumprir esse contratos, mitigando assim o risco de execução”.
Por outro lado, a publicação destaca que o principal desafio da companhia nesta nova etapa é o de alcançar a universalização e algumas outras questões contratuais, o que, pelos cálculos da dupla, exigirá R$70 bilhões de Capex.
“Isso representa aproximadamente 2,7x o Capex do último período de 5 anos. Vários especialistas expressaram preocupações sobre a viabilidade do plano”, comparam.
“Temos uma preocupação particular com as famílias irregulares, que foram incluídas no Código de Saneamento. Vale mencionar que o contrato de concessão estabelece medidas rigorosas em caso de não cumprimento das metas de Universalização por meio do fator U”.
Apesar disso, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (SBSP3), respaldado por uma gestão competente e responsável, sua estratégia detalhada para o compromisso de capex com alavancagem financeira controlada, perspectiva de que as sinergias de sua privatização “ainda estão por vir” e, também, pelo seu nível de valuation “ainda atraente”.
Adicionalmente, a dupla elevou seu preço-alvo de R$123,00 para R$129,00 para o final do ano que vem, com potencial de ganho de 32,91% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$97,06.