A XP publicou ontem (22) um relatório em que traz suas premissas para o resultado da SLC Agrícola (SLCE3) referentes ao último trimestre de 2024.
Para os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, que assinam a publicação, a companhia deve apresentar resultados melhores no período, respaldada tanto pela desvalorização recente do real quanto pela sua estratégia de hedge “sólida, principalmente para a soja”.
Apesar disso, o trio não está otimista com as perspectivas para a companhia, já que, na visão deles, seu valuation continua a não ser atraente.
“Projetamos que a empresa negocie a 5,0x EV/EBITDA e um FCF y i e ld de 5,6% para 2025 – um yield moderado, uma vez que incorporamos investimentos mais altos relacionados a aquisições recentes”, afirmam.
“Mesmo não considerando o Capex relacionado à nossa estimativa de crescimento de área (35 mil hectares por ano), ainda não vemos o valuation melhorando de forma signicativa”.
O trio argumenta que a companhia “está bem posicionada para gerar valor para os acionistas uma vez que o ciclo se inverta, especialmente considerando seu sólido crescimento de área e sua posição de referência no setor agrícola”, porém eles não enxergam que os preços dos grãos irão subir de forma significativa, a não ser que hajam falhas na produção.
“No geral, reforçamos nossa visão estrutural baixista sobre os grãos e acreditamos que o Brasil está preparado para colher safras recordes tanto de soja quanto de milho, caso o clima se normalize”, afirmam.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação “Neutra” para suas ações (SLCE3), com preço-alvo de R$19,20, com potencial de ganho de 6,67% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$18,00.