O Safra publicou, ontem (26), um relatório que atualiza suas premissas para as ações da Tenda (TEND3).
Os analistas Rafael Rehder e Luiz Peçanha, que assinam a publicação, projetam que, “após quase três anos sombrios de resultados pressionados pela inflação”, a companhia se aproxima de conseguir se recuperar completamente.
Essa perspectiva é respaldada por três fatores.
O primeiro deles é a expectativa de níveis mais fortes de margem bruta, conforme empreendimentos são entregues, “estreitando a lacuna entre a margem bruta de novas vendas e a margem de P&L”.
Além disso, a dupla ainda cita o ambiente mais favorável para moradias de baixa renda, seu balanço “mais saudável” e a melhoria nas perspectivas de lucro impulsionada pelas unidades recentemente contratadas dentro do programa pode entrar, o que deve acelerar o seu processo de desalavancagem.
“O ambiente favorável para moradias de baixa renda ajudou a empresa a aumentar continuamente os preços acima dos níveis de inflação, enquanto ainda registrava fortes números de vendas, que, ainda mais beneficiados pela implementação de impostos mais baixos (RET 1) na faixa 1 do programa MCMV (abrangendo ~50% da clientela da Tenda), levaram as margens de novas vendas para um saudável 35% YTD, de uma média de 30% e 28% em 2022 e 2023, respectivamente”, comentam.
“Ao mesmo tempo, a empresa entregou a maioria dos empreendimentos legados lançados durante o aumento da inflação, estreitando a lacuna para sua margem de P&L, que já registrou impressionantes 34,1% no 3T24 (32,8% excluindo ganhos não recorrentes), o maior nível nos últimos 5 anos”.
Dessa maneira, a dupla elevou a recomendação de suas ações (TEND3) de “Neutra” para Outperform, equivalente a “Compra”, introduzindo, também, um novo preço-alvo de R$25,00 (ante R$22,00) para o final de 2025, com potencial de ganho de 51,52% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$16,50.