A XP publicou, nesta semana, um relatório em que atualiza suas premissas para a Tim (TIMS3).
A publicação, assinada por Bernardo Guttman, analista da instituição, destaca a evolução das ações da companhia nos últimos anos.
“Após a consolidação dos ativos da Oi Móvel, o cenário competitivo tornou-se mais racional, permitindo que a TIM e seus pares aumentassem os preços e diminuíssem as taxas de churn“, comentou.
“Com o crescimento da receita, a TIM expandiu suas margens operacionais enquanto seu capex diminuiu como percentual da receita, impulsionado pelo espectro adicional (5G e Oi), o que levou a uma geração de caixa robusta e a um aumento sequencial no retorno de caixa para os acionistas”.
O analista pontua que os resultados apresentados no terceiro trimestre e divulgados recentemente refletiram essas tendências, “apesar de uma ligeira desaceleração no crescimento da receita devido ao desempenho mais fraco do pré-pago”.
Ainda assim, ele destaca que a companhia manteve sua alavancagem operacional e a forte geração de caixa intactas.
Atualizando o modelo do case, o time de análises passou a projetar que a companhia terá um crescimento de receita de 5,6% em 2025 e de 5,0% em 2026, uma melhora modesta em sua margem Ebitda no ano que vem, para 50,4%, e uma continuidade da diluição do capex, que deve atingir 16,6% em 2025 e 16,0% em 2026.
Nesse contexto, o principal risco para o case é a capacidade da Tim de aumentar seus preços em meio a um cenário inflacionário e à concorrência, que vai aumentar com a entrada da NuCel, “que tem uma oferta atraente e preços semelhantes aos planos digitais atualmente ofertados no setor”.
“Embora seja muito cedo para determinar se as ofertas do Nubank podem interromper a atual dinâmica favorável de preços, acreditamos que o NuCel pode se diferenciar por meio de sua experiência de usuário exclusiva, marca forte e custos operacionais e de aquisição baixos”, pondera.
Dessa forma, Guttman optou por manter recomendação de “Compra” para suas ações (TIMS3), e apresentou um novo preço-alvo de R$21,00 para o ano que vem, com potencial de ganho de 30,19% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$16,13.