A XP publicou, na terça-feira (19), um relatório em que atualiza suas premissas para as ações da Vivara (VIVA3).
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação, projetam que as margens brutas da companhia continuem pressionadas nos próximos trimestres, “embora de forma sequencialmente menor, à medida que a produtividade melhore e as vendas aumentem”.
“Além disso, a dinâmica do mix de produtos também deve ser fundamental para definir o tom da evolução das margens brutas, com investimentos em estoque na Life, principalmente em coleções, previstos para contribuir positivamente”, acrescentam.
Com relação às despesas menores com marketing, o trio projeta que elas devem chegar a 3,5% no ano que vem e que a queda observada no terceiro trimestre deste ano é explicada por dois fatores: a otimização dos eventos realizados pela companhia e o fato de que ,no mesmo período de 2023, ela atingiu o maior patamar já registrado desde 2018, o que influenciou no resultado.
Já com relação à recente mudança na gestão da companhia, o trio afirma não esperar qualquer mudança estratégica significativa, já que o novo CEO “está muito alinhado com o Sr. Nelson (Presidente e Fundador da VIVA)”, enquanto que um novo CFO, cujo cargo está em aberto, o que causou certo desconforto no mercado, deve ser anunciado em breve.
Sendo assim, após incorporar os resultados recentes e as premissas macros em seu modelo de análises, o trio ajustou suas estimativas para o Ebitda deste ano e do próximo em +3% e -3% e para o lucro líquido de 2024 e 2025 em +4% e -1%, respectivamente.
Com isso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (VIVA3) e o seu preço-alvo em R$32,00, com potencial de ganho de 42,02% quando comparado com seu fechamento de terça-feira (19), a R$23,94.
A manutenção da recomendação e do preço-alvo foi justificada pelos analistas por três fatores: seu valuation atrativo, a posição defensiva das ações, já que a companhia possui um modelo de negócios sólido e um cenário competitivo e a projeção de manutenção da dinâmica de resultados, que deve permanecer sólida.