A B3 (B3SA3) publicou, na noite de ontem (8), seu balanço referente ao segundo trimestre do ano.
A companhia reportou lucro líquido recorrente de R$1,227 bilhão, alta de 5,0% em comparação ao mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 10,8% em um ano, para R$1,817 bilhão.
Já sua receita líquida cresceu 10,2% quando comparada com o segundo trimestre do ano passado, para R$2,46 bilhões.
Além disso, a companhia ainda ampliou o seu programa de recompra de ações, que passou de 110 milhões para 430 milhões.
Para o time de análises do Bradesco BBI, a grande surpresa foi o crescimento do faturamento, que avançou 12,6% no trimestre, “impulsionado por melhores ações em dinheiro e receitas de tecnologia, enquanto o controle de custos continuou a compensar, já que as despesas caíram 1,1% no trimestre”.
“Após o desempenho inferior das ações da B3 (-21% no acumulado do ano) e a avaliação atraente em relação a pares internacionais selecionados (a B3 está sendo negociada com desconto de ~50% em relação a pares internacionais selecionados, com o mesmo nível de velocidade de giro), o risco-retorno parece mais favorável, embora uma reclassificação das ações ainda pareça bastante dependente de melhores condições de mercado se materializando, especialmente na frente da taxa de juros”, afirmaram.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (B3SA3), com preço-alvo de R$13,00, com potencial de ganho de 14,54% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$11,35.
Para a XP, o resultado foi “sólido”.
“As receitas totais foram impulsionadas pelo crescimento robusto do negócio de derivativos, que representou 24% da receita total. Isso resultou no crescimento A/A do segmento listado pela primeira vez desde o 4T21”, afirmaram Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas que assinam o relatório.
“O desempenho positivo na receita, combinado com um controle de custos eficaz, não apenas levou a um aumento no EBITDA, mas também melhorou a margem”.
Para o trio, ainda que as “ameaças competitivas continuem sendo um desafio, os esforços realizados nos últimos anos, principalmente na gestão de custos e despesas, já produziram resultados positivos”.
“O ritmo de recuperação do volume continuará a ser um fator chave para determinar a velocidade de melhoria dos resultados”, concluem.
Com isso, eles optaram por manter recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$16,00, com potencial de ganho de 40,97%.
Da mesma forma, os analistas da Genial Investimentos também demonstraram gostar do resultado.
“A B3 reportou um lucro líquido de R$ 1,24 bilhões no 2T24, com uma expressiva expansão de +31% t/t e +18% a/a, em linha com nossas projeções (+0,4%) e superando o consenso do mercado em 7%”, afirmam Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Felipe Oller e Luis Degaspari, analistas que assinam o relatório.
“O resultado foi impulsionado pela diversificação de receitas, com destaque para o crescimento nos segmentos de derivativos (juros, moedas e mercadorias), balcão, tecnologia e infraestrutura de financiamentos”.
Além disso, o quarteto ainda destacou a gestão eficiente de custos que, junto com o término do impairment relacionado à fusão entre BM&F e Cetip, acabou levando a uma redução das despesas operacionais da companhia.
Dessa maneira, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$14,00, com potencial de ganho de 23,35%.