O BTG Pactual publicou ontem (19) um relatório em que atualiza suas premissas para a Rede D’Or (RDOR3) e a Hapvida (HAPV3).
Na visão dos analistas Samuel Alves, Yan Cesquim e Marcel Zambello, que assinam o relatório, os resultados foram “melhores que o esperado e apresentaram algumas semelhanças positivas para as suas teses de investimento”.
O trio cita a recuperação “consistente” da sinistralidade, margens operacionais próximas dos níveis pré-pandêmicos, melhores tendências de receitas, despesas financeiras líquidas menores e geração de caixa “razoável, com redução adicional no endividamento”.
No caso da Rede D’Or (RDOR3), a publicação ainda destaca que, em sua teleconferência de resultados, “a administração indicou uma perspectiva de crescimento tanto nos segmentos hospitalares quanto de seguros de saúde, enquanto a sinistralidade deve continuar caindo”, o que os fez os analistas aumentarem suas estimativas para o lucro líquido da companhia neste e nos próximos dois anos em aproximadamente 5%.
Essa mudança tem como base “premissas de crescimento maiores, uma tendência melhor da sinistralidade e margens hospitalares ligeiramente melhores”.
Olhando para a Hapvida (HAPV3), o time de análises do BTG elevou suas estimativas para o Ebitda deste ano e do ano que vem em aproximadamente 2%.
“Como alguns pontos positivos nos resultados do segundo trimestre da HAPV não devem ocorrer todos os trimestres (como reversões de provisões), a magnitude de nossa revisão positiva foi menor do que para RDOR”, pontuam.
De acordo com a publicação, para o longo prazo, a Hapvida continua sendo a “ideia favorita” dentre as coberturas do setor de saúde, porém, no curto prazo, a Rede D’Or é a melhor tese de investimentos.
“Em agosto, nossa equipe de estratégia decidiu adicionar RDOR à sua carteira 10SIM, apoiada pelo forte momento de resultados (como visto no segundo trimestre), pela recente parceria com o Bradesco (concluída na semana passada), por potenciais outros catalisadores de M&A e por um grande risco de surpresas positivas em relação às expectativas de consenso, sem mencionar o programa de recompra da empresa (R$ 340 milhões executados até agora) e as compras adicionais de ações pelos acionistas controladores (mais de R$ 1 bilhão em ações foram adquiridos no último ano)”, acrescentam.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para ambas as ações e estabeleceram novos preços-alvos para o final do ano que vem.
Para as ações da Rede D’Or (RDOR3), o preço-alvo passou de R$40,00 para R$44,00, com potencial de ganho de 37,29% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$32,05.
Já para os papéis da Hapvida (HAPV3), eles foram de R$7,00 para R$7,50, com potencial de ganho de 68,54% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$4,45.