O Itaú (ITUB4) divulgou ontem (6), após o fechamento do mercado, seu balanço referente ao segundo trimestre do ano.
O banco reportou lucro líquido de R$10,1 bilhões, alta de 15,2% em comparação a um ano antes.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) atingiu 22,4%, crescendo 1,5 ponto percentual em comparação ao mesmo período do ano passado.
Sua margem financeira gerencial avançou 6,4% em um ano, para R$27,665 bilhões, com a margem com clientes crescendo 5,4%, para R$26,3 bilhões, e a margem com o mercado registrando alta de 31%, para R$1,4 bilhão.
Sua carteira de crédito total ajustada registrou alta de 8,9% no comparativo anual, para R$1,254 trilhão, enquanto índice de inadimplência total do banco, para empréstimos com mais de 90 dias de atraso, caiu 0,3 ponto percentual, para 2,7%.
Suas despesas de provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD), por sua vez, caíram 3,3%, para R$9,3 bilhões.
O resultado foi bem recebido pelos especialistas.
O Bradesco BBI classificou-o como “forte”, em relatório enviado a clientes.
Apesar disso, os analistas Gustavo Schroden, Eric Ito e Gabriel Menezes, que assinam o relatório, chamaram a atenção para a margem do Itaú com clientes, que engatou o terceiro trimestre sequencial de contração.
O trio afirma que isso reflete um mix mais fraco com crescimento de grandes empresas.
Apesar disso, o time de análises manteve recomendação “Outperform“, equivalente a “Compra”, para suas ações (ITUB4), com preço-alvo de R$45,00, com potencial de ganho de 33,61% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$33,68.
O Citi considerou o resultado apresentado positivo, classificando-o como saudável.
“O banco mantém o forte momento em todos os níveis e continua acumulando capital, o que deve ser um bom presságio para os retornos totais dos investidores no médio prazo”, afirmaram os analistas Gabriel Gusan, Brian Flores e José Luis Cuenca, que assinam o relatório.
“Além disso, a capacidade do Itaú de navegar no ciclo de crédito e controlar a qualidade dos ativos em trimestres anteriores agora está permitindo um apetite de risco melhorado, o que pode implicar leituras de um ciclo de crédito mais benigno no futuro”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$37,00, com potencial de ganho de 9,86%.
O time de análises da XP afirmou que os resultados apresentados pelo banco são “sólidos”.
“Os bons resultados do banco no trimestre podem ser atribuídos a um forte desempenho em todos os setores”, afirmaram Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas que assinam o relatório.
“Esse forte desempenho reforça nossa visão positiva em relação ao Itaú, que melhorou seu negócio de varejo e manteve a rentabilidade da unidade de negócios de atacado”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$42,00, com potencial de ganho de 24,70%.
Da mesma forma, os analistas da Genial Investimentos também elogiaram os números apresentados pela instituição.
“O trimestre mostra mais uma vez o sólido desempenho da gestão neste ciclo de crédito, refletindo melhorias contínuas em processos, tecnologia, modelos de crédito e na gestão de pessoas e cultura”, afirmaram os analistas Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Felipe Oller e Luis Degaspari.
“Na perspectiva anual, enxergamos tendências construtivas, com receitas totais em expansão (+7,7% a/a), e destaques para margem com mercado (+31% a/a) e seguros (+15% a/a). As despesas administrativas estão sob controle (+5,6% a/a), enquanto o custo de crédito continuou melhorando (-6,7% a/a) com a inadimplência em queda (-0,3pp a/a)”.
Com relação ao crescimento “mais moderado” da carteira de crédito, os analistas entendem que “grande parte desse movimento está alinhado com a estratégia redução de risco na carteira Pessoa Física, que deve continuar a impactar positivamente a qualidade do crédito e, consequentemente, o lucro do banco nos próximos trimestres”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações e o posto de Top Pick do setor financeiro, com preço-alvo de R$40,60, com potencial de ganho de 20,55%.