O Goldman Sachs publicou, nesta segunda-feira (19), um relatório em que analisa o resultado do Bradesco (BBDC3; BBDC4) referente ao segundo trimestre do ano.
Os analistas Tito Labarta, Lindsey Shema, Tiago Binsfeld e Beatriz Abreu, que assinam o relatório enviado clientes, consideraram os números apresentados no período como positivos, afirmando, inclusive, que eles superaram as expectativas dos analistas.
Sendo assim, eles acreditam que o resultado auferido no segundo trimestre do ano mostra que a instituição está no caminho certo para entregar um ROE (retorno sobre o capital) que seja, pelo menos, em linha com o seu custo de capital daqui para a frente.
Essa projeção é respaldada pela perspectiva de que os empréstimos da instituição devem acelerar daqui para a frente, além de esperarem uma expansão de sua margem financeira líquida e melhoria na qualidade dos ativos do banco.
“O crescimento dos empréstimos pode se beneficiar de um foco renovado em empréstimos para Pequena e média empresas (PMEs), onde ainda há espaço para ganhar participação de mercado após mostrar uma melhoria significativa trimestralmente”, afirma o quarteto.
Sendo assim, a instituição elevou suas estimativas de lucro do Bradesco neste ano em 9%, para R$19,5 bilhões, no ano que vem em 7,5%, para R$25,5%, e, em 2026, em 4%, para R$29,5 bilhões.
Com essa mudança de percepção, o time de análises do Goldman Sachs elevou sua recomendação para as ações do Bradesco (BBDC4) de “Neutra” para “Compra”, com preço-alvo de R$17,50, com potencial de ganho de 16,90% quando comparado com o fechamento de ontem.
Para eles, mesmo com a valorização apresentada recentemente, com os papéis do banco tendo subido 17% no último mês, eles ainda apresentam um desempenho que se encontra abaixo dos seus pares no acumulado do ano, além de estarem abaixo do seu valor patrimonial, o que abre uma janela de oportunidade para os investidores.