A Minerva (BEEF3) divulgou, na noite de ontem (7), seu balanço referente ao segundo trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$95,4 milhões, queda de 21% em comparação a um ano antes.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 4,7% em um ano, para R$711,2 milhões. Apesar disso, sua margem Ebitda recuou 0,1 ponto percentual, para 9,7%.
Sua receita líquida cresceu 5,4% em comparação ao segundo trimestre do ano passado, para R$7,666 bilhões.
Para o Bradesco BBI, a companhia entregou “resultados saudáveis e amplamente em linha”no período.
Com relação ao futuro, os analistas da instituição esperam que os resultados acelerem no terceiro trimestre do ano.
“Isso decorre não apenas de receitas mais fortes, mas também de margens, pelo menos no curto prazo”, afirmam.
“Com base na taxa de execução de resultados do ano até o momento e como acreditamos que o segundo semestre está se formando, a empresa parece estar no caminho certo para pelo menos atender às nossas expectativas anuais”.
Apesar disso, eles optaram por manter recomendação “Neutra” para suas ações (BEEF3), com preço-alvo de R$8,00, com potencial de ganho de 15,27% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$6,94.
O Safra considerou os resultados da companhia “mistos”.
“O Brasil teve um desempenho muito bom, mas os volumes ficaram abaixo das nossas estimativas, enquanto Colômbia e Austrália (cordeiro) relataram volumes sólidos”, afirmaram Ricardo Boiati e Rafael Une, analistas que assinam o relatório.
“Apesar do desempenho de volume mais fraco na Argentina e no Paraguai, ele foi compensado por aumentos de preços, levando a um crescimento sólido da receita”.
A dupla acrescenta que “o resultado final foi melhor do que o esperado devido ao hedge cambial”.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$9,00, com potencial de ganho de 29,68%.
Da mesma forma, o BTG Pactual classificou os resultados como “decentes”.
“Em última análise, resultados trimestrais decentes são bons, mas pouco devem impactar a situação da percepção sobre a tese de investimento, que agora é basicamente uma função de quão bem a Minerva será capaz de integrar os ativos da Marfrig”, afirmaram Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Lima, que assinam o relatório.
Eles destacaram que, olhando pelo lado positivo, a aprovação do negócio deve acontecer em breve.
“Negociando em linha com o múltiplo histórico de ~5x EV/EBITDA 2025 (pós-operção com Margri), a história do investimento na ação depende inteiramente da capacidade da Minerva de desalavancar e transferir valor do credor para o acionista”.
Com isso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$8,00, com potencial de ganho de 15,27%.