O BB Investimentos publicou, na semana passada, sua carteira recomendada de ações pra o mês de Agosto.
De acordo com os analistas Victor Penna e Wesley Bernabé, que assinam o relatório, eles iniciam o mês com “uma abordagem mais construtiva para a bolsa brasileira”.
“Do ponto de vista microeconômico, temos percebido um ambiente de melhora que se reflete no resultado das empresas, o que nos faz projetar uma temporada de resultados positiva para esta safra de divulgações (que vai perdurar até meados do mês)”, afirmam.
“No entanto, o reflexo dessa conjuntura no desempenho das ações segue contrabalanceado pelas oscilações na percepção de risco macroeconômico (monetário, fiscal e cambial), bem como pelo cenário externo, balizadores do fluxo de capitais para o Brasil”.
Com relação à inflação, a dupla destaca que, enquanto os núcleos apresentam números mais favoráveis, as expectativas seguem sendo revistas para cima, “com o balanço de riscos menos favorável no longo prazo em razão dos riscos oriundos do cenário fiscal e da desvalorização do câmbio”.
“Nesse campo, partimos da premissa de que os investidores estão assimilando de forma positivamente cautelosa os anúncios de cortes e contingenciamento de despesas (atualmente em torno de R$ 15 bi)”, pontuam.
Com relação à temporada de balanços, eles afirmam que estão monitorando “os setores e ações que têm apresentado altos níveis
de earnings yield, partindo da premissa que eles tendem a capturar mais rápido o movimento atual de retomada do fluxo para a bolsa brasileira” e destacam que a “diversificação do risco doméstico também tende a ser um elemento importante, dada a depreciação cambial mais recente”.
“Nesse sentido, companhias com perfil de assimetria entre receitas em dólares e custos em reais tendem a ter um desempenho superior no curto prazo”.
Com isso, eles fizeram apenas uma alteração em comparação à carteira referente a Julho, retirando as ações da Caixa Seguridade (CXSE3) e, em seu lugar, adicionando Cury (CURY3).
“Enquanto aguardamos os resultados referentes ao 2T24, que serão divulgados na segunda semana de agosto, as prévias operacionais da Cury mostraram um trimestre forte, com números recordes em vendas líquidas, que atingiram R$ 1,75 bilhão no período (+46% a/a, +12,7% t/t), e um preço médio superando os R$301 mil por unidade (+8,3% a/a, +3,2% t/t)”, justificam.
“A companhia também apresentou uma velocidade de vendas (VSO) de 50,5% no trimestre, substancialmente superior à média do setor, colocando a Cury como uma das principais construtoras do país, e uma opção de investimento viável no universo de companhias do setor listadas na B3”.
Além dela, completam a seleção as ações da Copasa (CSMG3), Direcional (DIRR3), Itaú (ITUB4), Petrobras (PETR4), Isa Cteep (TRPL4), Vale (VALE3), Vibra (VBBR3) e Weg (WEGE3), além das units do BTG (BPAC11).
Empresa | Ticker | Peso |
---|---|---|
BTG Pactual | BPAC11 | 10% |
Copasa | CSMG3 | 10% |
Cury | CURY3 | 10% |
Direcional | DIRR3 | 10% |
Itaú | ITUB4 | 10% |
Isa CTEEP | TRPL4 | 10% |
Petrobras | PETR4 | 10% |
Vale | VALE3 | 10% |
Vibra | VBBR3 | 10% |
Weg | WEGE3 | 10% |
No mês passado, a seleção do BB Investimentos registrou valorização de 5,26%, enquanto o Ibovespa, seu índice de referência, avançou 3,02%.