O Goldman Sachs publicou um relatório na semana passada em que afirma que as perspectivas para ouro, dentre uma série de commodities, são as mais positivas no curto prazo, mesmo depois de subir mais de 20% no ano e renovar sua máxima histórica.
Os analistas da instituição preveem que o preço da commodity pode atingir US$2,7 mil por onça-troy até o começo do ano que vem, cerca de 5,5% acima do seu patamar atual.
De acordo com a publicação, dois elementos levam o time de análises do Goldman a crer no potencial de valorização do ouro.
O primeiro deles é o início do ciclo de cortes na taxa de juros dos Estados Unidos.
“Os cortes nas taxas pelo Fed provavelmente trarão os investidores ocidentais de volta ao mercado de ouro depois de estarem ausentes durante a forte alta do metal nos últimos dois anos”, afirmam.
Outro fator que deve influenciar o preço da commodity é o ritmo acelerado de compras dos bancos centrais após o início da invasão russa à Ucrânia, algo que deve se intensificar “em meio a preocupações com as sanções financeiras dos EUA e o crescente fardo da dívida soberana dos EUA”.
“Nossos pesquisadores veem uma alta de aproximadamente 15% nos preços do ouro sob um aumento nas sanções financeiras igual ao aumento visto desde 2021, e ganhos semelhantes se as crescentes preocupações com a dívida estimularem os spreads de swap de crédito do governo dos EUA (uma medida de capacidade de crédito) a aumentar em 1 desvio padrão (13 pontos-base)”, comentam.
Por outro lado, o relatório destaca que outras commodities, como o petróleo, metais industriais e gás natural, podem sofrer com o processo de desaceleração econômica.
Sendo assim, as estrategistas Samantha Dart e Lina Thomas da Goldman Sachs Research, que assinam o relatório, afirmam que “o ouro se destaca como a commodity onde temos a maior confiança no lado positivo a curto prazo”.