A XP publicou, nesta terça-feira (17), um relatório em que atualiza suas estimativas para a Rumo (RAIL3).
De acordo com os analistas Pedro Bruno, Matheus Sant’anna e João Ramiro, que assinam a publicação, após uma rodada de reuniões com representantes da companhia, as perspectivas são positivas.
Esse otimismo é respaldado em quatro motivos.
O primeiro deles é a projeção de um cenário sólido de oferta/demanda para exportações de grãos, ancorada, principalmente, pela melhoria das estimativas de safra.
O trio também afirma que, ainda que não seja uma quantidade “revolucionária até agora”, algum ToP está sendo garantido para o período, o que é positivo.
Os outros dois fatores citados são o preço do transporte, que não é a questão principal neste momento mas que permite, pelo menos, um repasse da inflação, na visão deles, e os volumes industriais, que devem ajudar a garantir o crescimento do volume.
Sendo, para esse último, projetado que aproximadamente 3,5 bilhões de RTKs poderiam ser adicionados de celulose, granéis líquidos e commodities de mineração.
Ainda assim, eles projetam que alguma volatilidade para a relação volume/preço deve acontecer no ano que vem.
“Embora um número menor de contratos de ToP possa ser mitigado pelas razões acima mencionadas e possa implicar em um aumento de preços, surgem dois riscos operacionais principais: (i) concentração de volumes de exportação (especialmente para a soja, dada sua janela de plantio concentrada), já que a capacidade limitada de transporte mensal da Rumo poderia resultar em uma perda ocasional de participação de mercado; e (ii) mix de elevação portuária, já que “volumes spot” podem limitar a capacidade da Rumo de maximizar a eficiência de despacho no Porto de Santos”, explicam.
Além disso, eles projetam que a RMS deve ganhar mais foco da empresa, assim como a possibilidade de ser debatido o pagamento de dividendos.
“Embora não se espere um movimento abrupto, esse cenário [de redução da alavancagem] permite que a Rumo avalie: (i) um índice de payout mais alto; (ii) pré-pagamento de outorga; e/ou (iii) recompra de ações”, projetam.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$35,00, com potencial de ganho de 89,19% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$18,50.