A Ambev (ABEV3) divulgou, nesta manhã, seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou lucro líquido de R$5,084 bilhões, alta de 11% quando comparado com o mesmo período de 2023.
Em termos ajustados, seu lucro foi de R$5,018 bilhões, tendo crescido 7,5% no comparativo anual.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado teve alta anual de 34,5%, para R$9,619 bilhões.
Já sua receita líquida cresceu 35,3% quando comparada com um ano antes, para R$27 bilhões.
Para a XP, o resultado foi melhor que o esperado, com seus analistas destacando “custos mais baixos e estratégias bem-sucedidas de precificação e posicionamento de marca levando a melhores margens”.
“A surpresa positiva e a mudança bem-vinda vieram de LAS e Canadá – ambas as unidades tiveram desempenho abaixo do esperado na maior parte de 2024 – enquanto NAB e CAC foram sólidos, e o clima adverso levou a um desempenho abaixo do esperado em Cerveja Brasil”, comentaram Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, que assinam a publicação.
“O processo contínuo de premiumização (core+ cresceu MSD, cerveja sem álcool cresceu high teens, premium/super cresceu low teens no Brasil) foi fundamental para ajudar a recuperar margens e como uma estratégia de defesa de participação de mercado”.
Olhando à frente, porém, eles esperam um cenário mais desafiador para a companhia, que deve enfrentar “um ambiente inflacionário, tarifas como um novo desafio e pressão de custos”.
Sendo assim, o trio manteve recomendação “Neutra” para suas ações (ABEV3), com preço-alvo de R$12,10, com potencial de ganho de 9,11% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$11,09.
O JP Morgan também considerou o resultado positivo, destacando a divisão internacional, que foi beneficiada por efeitos cambiais e controle de custos.
Já com relação ao mercado doméstico, apesar do Ebitda do Brasil ter superado a perspectiva dos seus analistas, a queda de 3,9% da receita da companhia no segmento decepcionou, refletindo a forte concorrência que suas marcas enfrentam por aqui.
Sendo assim, o time de análises da instituição manteve recomendação “Neutra” para suas ações (ABEV3), com preço-alvo de R$14,00, com potencial de ganho de 26,24%.
A justificativa é que, mesmo com uma eventual revisão das perspectivas para este ano por parte do mercado, o JPMorgan optou por manter sua cautela com as ações da companhia, refletindo o enfraquecimento da sua receita no Brasil.