A B3 (B3SA3) publicou, na noite de ontem (20), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou líquido recorrente de R$1,2 bilhões, alta de 13,6% quando comparado com o mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente atingiu R$1,59 bilhão, alta anual de 9,5%. Sendo assim, sua margem Ebitda subiu 2,15 pontos percentuais, para 67,2%.
A companhia reportou receitas totais de R$2,667 bilhões, tendo crescido 7% em comparação ao último trimestre do ano anterior.
Para a XP, o resultado foi positivo, “apesar das incertezas do mercado”.
“A melhora anual reflete, em grande parte, o desempenho sólido em derivativos, renda fixa e tecnologia e dados”, comentaram os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam a publicação.
“Essas linhas mais do que compensaram a fraqueza no mercado de ações”.
O trio destaca a capacidade da companhia em buscar novas fontes de receitas e controlar despesas, em meio a uma intensificação das ameaças competitivas.
“Ainda assim, o ritmo de recuperação do volume continuará sendo um fator-chave para determinar a velocidade de melhoria dos resultados e um gatilho crucial para a valorização das ações”, ponderam.
Sendo assim, eles optaram em manter recomendação “Neutra” para suas ações (B3SA3), com preço-alvo de R$14,00, com potencial de ganho de 15,15% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$11,29.
O time de análises da Genial também se mostrou satisfeita com os números apresentados, destacando que o lucro da companhia foi puxado “pela diversificação das fontes de receita, com destaque para Juros, Moedas e Mercadorias, Renda Fixa e Tecnologia, Dados e Serviços, que compensaram o menor dinamismo do mercado de ações e os impactos da migração de capital para renda fixa”.
“A redução de despesas também contribuiu para o resultado, beneficiada pelo término da amortização dos intangíveis relacionados à combinação com a Cetip”, acrescentam os analistas Eduardo Nishio, Henrique Alhante, Luis Degaspari e Luis Assis, que assinam a publicação.
“Por fim, o resultado do trimestre foi ajudado por uma alíquota efetiva de imposto menor”.
Sendo assim, o quarteto manteve recomendação de “Compra” para suas ações (B3SA3), com preço-alvo de R$14,00, com potencial de ganho de 24,00%.
Para o Safra, porém, o resultado foi negativo.
“Já estávamos mais pessimistas em relação à B3 em comparação com BTG e XP em nossa prévia de mercados de capitais, pois observamos que cerca de 10% do melhor ADTV de dezembro estava relacionado a exercícios de opções, produzindo assim receitas menores, que ainda ficaram -4% abaixo de nossa estimativa”, afirmam os analistas Daniel Vaz e Maria Luísa Guedes, que assinam a publicação.
Apesar disso, a dupla acredita que se “a avaliação e o momentum do mercado brasileiro continuarem a melhorar, acreditamos que a B3 será uma das jogadas de ciclo de liderança no espectro financeiro devido a um ‘efeito positivo duplo’, onde maior capitalização de mercado e velocidade de giro se traduzem em maior potencial de lucros e possivelmente uma reavaliação da avaliação”.
Com isso, eles reiteraram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (B3SA3), com preço-alvo de R$12,00, levemente acima do fechamento de ontem.