Resultado do Carrefour no 4T24 divide especialistas, mas foco está no fechamento de capital

O Carrefour (CRFB3) divulgou, na noite de ontem (18), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.

A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$1,17 bilhão, alta de 240,5% quando comparado com o mesmo período de 2023.

Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustado foi de R$1,91 bilhão, alta anual de 2,2%. Sem ajustes, o Ebitda reverteu resultado negativo de R$565 milhões de um ano antes, atingindo R$1,16 bilhão no quarto trimestre de 2024.

Suas vendas brutas cresceram 5,5% no comparativo anual, para R$32,8 bilhões.

Para a XP, o resultado foi misto, “com melhores dinâmicas de vendas mesmas lojas e margens no Atacadão, mas com rentabilidade pressionada no Sam’s e no banco e margens ainda baixas no Varejo”.

Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação, destacaram as vendas líquidas consolidadas do grupo, que cresceram 6% no comparativo anual, e a otimização do SG&A, que “foi uma alavanca fundamental para a rentabilidade, uma vez que a pressão da receita bruta foi compensada pela alavancagem operacional”.

Com isso, o trio manteve recomendação “Neutra” para suas ações (CRFB3), com preço-alvo de R$7,00, cerca de 6,67% abaixo do fechamento de ontem, a R$7,50.

Para o time de análises da Genial Investimentos, o resultado foi “bom”, destacando a “expressiva desalavancagem financeira da companhia, que passou de 3,2x para 1,8x, impulsionada “pela sazonalidade positiva no capital de giro e por um EBITDA Ajustado consolidado 4,2% acima da nossa projeção”.

“Foi um bom resultado, mas acreditamos que o impacto no papel deve ser limitado, dado o cenário de OPA iminente, prevista para ser concluída ao longo do 2º trimestre”, afirmam os analistas Iago Souza e Nina Mirazon, que assinam a publicação.

“Além disso, o gap de prêmio a ser pago aos acionistas já se reduziu para 2,7% em relação ao último preço negociado, o que restringe um movimento mais expressivo nas cotações”.

Dessa maneira, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (CRFB3), com preço-alvo de R$7,50, exatamente no preço de fechamento de ontem.