A Gerdau (GGBR4) divulgou, na noite de ontem (19), seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024.
A companhia reportou lucro líquido de R$666 milhões, queda de 9% em comparação ao resultado do mesmo período de 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$2,391 bilhões, alta anual de 17,2.%, com sua margem Ebitda ajustada crescendo 0,4 ponto percentual, para 14,2%.
Já sua receita líquida avançou 14,3% em um ano, para R$16,8 bilhões.
A companhia aproveitou o momento para divulgar seu plano de investimentos de R$6 bilhões neste ano, em projetos voltados para manutenção e aumento da competitividade.
Para o time de análises da Genial, o resultado foi neutro, com os números vindo em linha com suas projeções.
“A companhia vem aprimorando sua estratégia por meio de contenção de custos, sobretudo na ON Brasil, o que já resultou em uma redução notável no COGS/t, atingindo o menor nível desde o 4T21 (-1,1% a/a). Entendemos que tal movimento eleve a participação da unidade no EBITDA consolidado, revertendo o cenário de margens comprimidas no Brasil em relação à ON América do Norte já no 1S25”, afirmam os analistas Igor Guedes, Luca Vello, Isabelle Casaca e Iago Souza, que assinam a publicação.
“Ademais, entendemos que a ON América do Norte deve vir a melhorar sua performance ao longo de 2025 ao passo que a imposição de tarifas nos EUA deve recompor margens e impulsionar a capacidade produtiva das usinas locais. Portanto, de maneira dual, esperamos melhoras a/a em 2025, tanto via ON Brasil quanto via ON América do Norte”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (GGBR4), com preço-alvo de R$23,40, com potencial de ganho de 34,79% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$17,36.
A XP também considerou o resultado neutro, destacando que ele veio em linha com o esperado.
“Com a rentabilidade mais fraca amplamente esperada na América do Norte como o principal ponto negativo dos resultados de hoje, as incertezas sobre o momento de um potencial ponto de inflexão nos preços/demanda (se for o caso) nos EUA permanecem como o principal ponto de interrogação dos investidores (e nossos) antes de 2025E”, afirmam os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, que assinam a publicação.
“Além disso, embora os riscos de uma desaceleração macro no Brasil não devam ser negligenciados, acreditamos que as iniciativas de redução de custos da Gerdau ao longo de 2024 poderiam mitigar parcialmente um ambiente de preços mais fraco no mercado interno”.
Apesar disso, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (GGBR4), com preço-alvo de R$27,00, com potencial de ganho de 55,53%.
Da mesma maneira, o Safra considerou o resultado neutro.
“Em relação às nossas estimativas, os números mais fortes do que o esperado na América do Norte e no Brasil foram quase totalmente compensados por números mais fracos do que o esperado na América do Sul e Aços Especiais”, afirmam os analistas Ricardo Monegaglia e Felipe Centeno, que assinam a publicação.
“A Gerdau reiterou o progresso das iniciativas de corte de custos e melhor utilização de ativos no Brasil, mas observou uma dinâmica de preços mais desafiadora para o BD da América do Norte devido à sazonalidade e incertezas políticas nos EUA, mesmo que o backlog de pedidos tenha se recuperado para ~60 dias”.
Com isso, eles também mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, com preço-alvo de R$23,50, com potencial de ganho de 35,14%.