A Rumo (RAIL3) divulgou, nesta quinta-feira (20) à noite, seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia reportou prejuĂzo lĂquido de R$259 milhões, revertendo lucro lĂquido de R$1 milhĂŁo reportado no mesmo perĂodo de 2023.
No critĂ©rio ajustado, a companhia teve lucro lĂquido de R$206 milhões ante o mesmo R$1 milhĂŁo em 2023.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) caiu 0,4% no comparativo anual, para R$1,202 bilhão.
Já sua receita lĂquida operacional cresceu 32,4% em um ano, para R$3,463 bilhões.
AlĂ©m disso, sua alavancagem financeira tambĂ©m diminuiu, chegando a 1,4x o endividamento abrangente lĂquido pelo Ebitda ajustado.
A companhia aproveitou para divulgar seu guidance, estimando que os volumes devem ficar na faixa entre 82 – 86 RTKbn, seu Ebitda deve atingir R$8,1 – 8,7 bilhões e seu capex entre R$5,8 – 6,5 bilhões.
A XP classificou o resultado como positivo, em linha com o projetado pelos seus analistas, destacando seu Ebitda, que foi puxado “devido ao contĂnuo crescimento positivo da tarifa (+25% A/A) e um leve aumento de volume (+2% A/A)”.
Já com relação ao seu prejuĂzo, Pedro Bruno, Matheus Sant’anna e JoĂŁo Ramiro, que assinam a publicação, argumentam que ele foi “prejudicado em parte por custos financeiros mais altos e principalmente por impostos mais altos”, tendo ficado 31% abaixo do estimado.
Olhando à frente, o trio comenta que o guidance divulgado pela Rumo “proporciona alguma redução do risco de mercado, uma vez que implica um sólido crescimento do EBITDA para 2025 (+9% A/A), apesar da maior incerteza sobre menos contratos de ToP”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (RAIL3), com preço-alvo de R$35,00, com potencial de ganho de 89,29% quando comparado com o seu fechamento de ontem, a R$18,49.
Para o Safra, o resultado foi levemente positivo.
“O resultado da empresa foi impactado negativamente por uma provisão de impairment não recorrente de R$ 465 milhões na Malha Sul, com um efeito não caixa. Desconsiderando esse impacto negativo, o EBITDA ajustado da Rumo teria crescido 38% YoY para R$ 1,7 bilhão, impulsionado principalmente por um aumento de 25% YoY em suas tarifas médias, mas também se beneficiou de custos controlados, que aumentaram 13% YoY, significativamente menos do que suas receitas, embora estivessem ~10% acima de nossa estimativa”, afirmam os analistas Luiz Peçanha e Arthur Godoy, que assinam a publicação.
“Por outro lado, as despesas financeiras da Rumo aumentaram 21% YoY, compensando parcialmente a melhora em seu resultado operacional RAIL3, levando a um lucro lĂquido ajustado de R$ 206 milhões, ante R$1 milhĂŁo no 4T23”.
Sendo assim, eles também reiteraram recomendação Outperform, equivalente a “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$29,40, com potencial de ganho de 59,00%.