A Brava Energia (BRAV3), ex-3R Petroleum (RRRP3), anunciou hoje que a previsão de retorno da produção no campo da Papa Terra foi atualizada para Dezembro deste ano.
A produção teve uma parada programada iniciada em 27 de Julho que foi retomada no último dia 29 de Agosto e estabilizada em 15 mil barris por dia, mas teve que voltar a interrompê-la no dia 4 deste mês, depois de um pedido de esclarecimento sobre a quantidade de pessoas a bordo e as atividades de manutenção realizadas, feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A agência explicou à Reuters, na ocasião, que recebeu uma denúncia e verificou o descumprimento de uma das normas em uma das unidades offshore da companhia, uma vez que o operador que fez a denúncia não dispunha do número mínimo de vagas em baleeiras.
Com isso, a Brava optou por “avançar em itens de inspeção e manutenção que estavam previstos para os próximos meses, mantendo as unidades em parada programada, de modo a maximizar a segurança operacional do ativo”.
Para os analistas da XP Investimentos, apesar do anúncio ser bem-vindo, já que determina um prazo para a retomada da produção no campo Papa Terra, ele é negativo.
Isso porque, na visão de Regis Cardoso e Helena Kelm, que assinam o relatório, “a parada é mais longa do que o mercado tinha inicialmente previsto” e abre margem para que o mercado continue a avaliar o risco de atrasos adicionais.
“Na nossa opinião, a retomada da produção em Papa-Terra e o início da FPSO Atlanta são os principais fatores de criação de valor e de crescimento da produção da Brava”, acrescentam.
“Ambas as vantagens devem materializar-se num prazo relativamente curto, com a Papa-Terra em dezembro e o primeiro petróleo da FPSO Atlanta, acreditamos, entre o final de outubro e novembro”.
A XP tem recomendação de “Compra” para as ações da companhia (BRAV3), com preço-alvo de R$44,50, com potencial de ganho de 113,43% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$20,85.
