A XP publicou ontem (17) um relatório em que traz suas perspectivas para o resultado das varejistas no terceiro trimestre deste ano.
Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam o relatório, projetam que eles devem ser positivos, “com dinâmicas de resultados melhorando, embora ofuscada por um sentimento deteriorado no setor por preocupações relacionadas ao cenário macroeconômico”.
Em consumo discricionário, a expectativa do trio é que as varejistas de baixa/média renda devem apresentar um crescimento acelerado de suas receitas, “mais uma vez apoiado por volumes, margens melhores e nÃveis controlados de inadimplência”.
“Quanto aos players de alta renda, VIVA deve ser o destaque, com crescimento acelerado da receita e expansão da margem EBITDA ajustada, enquanto AZZA deve apresentar tendências de receita melhores, mas com margens ainda pressionadas pelos custos de integração, como esperado”, acrescentam.
Olhando para o varejo alimentar, os analistas projetam que não devem ter grandes mudanças, com as dinâmicas de receita continuando pressionadas por “tendências desfavoráveis de inflação alimentar, concorrência e poder de compra limitado”.
Ainda assim, eles acreditam que o Grupo Mateus (GMAT3) deve ser o destaque do segmento, puxado pela expansão da companhia, que abriu 22 lojas no último ano, e pelo desempenho sólido de sua campanha de aniversário.
“Quanto à s margens, a implementação de serviços deve ser um problema para ASAI/CRFB, mas a ASAI deve conseguir mitigar esse efeito, enquanto o GMAT deve entregar expansão de margens brutas e EBITDA”, pontuam.
Com relação à s varejistas farmacêuticas, o trio espera que as vendas em mesmas lojas (SSS) maduras permaneçam acima da inflação e que tenham melhores nÃveis de rentabilidade, apostando que o destaque para o setor deve ser a Panvel (PNVL3), “já que os ventos contrários das enchentes parecem ter ficado no passado”.
Para finalizar, a perspectiva para o e-commerce seguem muito próximas do visto no segundo trimestre, com o segmento ainda enfrentando uma demanda fraca, pressionada pelas taxas de juros altas, embora esperem que o crescimento e a rentabilidade melhorem no comparativo trimestral.
Para o time de análises da instituição, o destaque do segmento deve ser a Magazine Luiza (MGLU3).