O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou, nesta quarta-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país referente a Novembro.
A inflação norte-americana avançou 0,3% no comparativo mensal, 0,1 ponto percentual superior ao registrado em Outubro, porém em linha com o estimado pelos especialistas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, o índice avançou 2,7%, também 0,1 ponto percentual acima do relatório anterior, porém em linha com o projetado.
Seu núcleo, quando são descontados os preços dos alimentos e da energia, registrou alta mensal de 0,3% e anual de 3,3%, ambos em linha com os números de Outubro e do estimado pelos especialistas.
O desempenho do índice foi puxado, principalmente, pelos custos de moradia, que subiram 0,3% no mês. O segmento, que tem sido um dos mais resilientes na composição do CPI, deve apresentar uma desaceleração nos próximos meses, conforme os aluguéis são renegociados.
Na visão dos especialistas, o relatório não trouxe qualquer surpresa ou novidade para as perspectivas para a política monetária norte-americana, com a inflação se mantendo comportada, dentro do que eles esperavam.
Já no mercado, o CPI ocasionou um aumento nas apostas de que o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, deve cortar os juros em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), levando, praticamente, a um consenso dos investidores com relação a isso.
De acordo com dados da ferramenta FEDWatch, do CME Group, 98,1% deles apostam em uma redução mínima, enquanto 1,9% aposta na manutenção dos juros no patamar atual, no intervalo entre 4,50%-4,75% ao ano.
Ontem, cerca de 88,9% deles projetavam um corte enquanto 11,1% acreditava que o FED não anunciaria mudança alguma na taxa de juros do país.
Olhando mais à frente, porém, depois do mercado projetar três cortes de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) nos juros no ano que vem após a divulgação dos dados do Payroll de Novembro, voltou a ganhar forças a perspectiva de que a autoridade monetária dos Estados Unidos deve realizar apenas dois cortes mínimos em 2025, sendo o primeiro em Março e o segundo em Junho.
Sendo assim, a perspectiva é que a taxa de juros norte-americana encerre o ano que vem no intervalo entre 3,75%-4,00% ao ano.