O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciou, na manhã desta quinta-feira (7), que reduziu a taxa de juros do Reino Unido em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), para 4,75% ao ano.
A votação não foi unânime, com 8 dos integrantes do comitê de política monetária votando pela redução enquanto 1 deles votou pela manutenção do patamar de 5,00% ao ano.
Tanto o corte quanto o resultado da votação foram em linha com o projetado pelos especialistas.
Em entrevista coletiva após o anúncio, Andrew Bailey, presidente do BoE, afirmou que a autoridade monetária precisa manter uma política de flexibilização gradual dos juros, com ela precisando se manter em patamar restritivo “por tempo suficiente até que os riscos de a inflação retornar de forma sustentável à meta de 2% no médio prazo tenham se dissipado ainda mais”.
Apesar disso, Bailey reiterou que o movimento agora é de baixa da taxa de juros, tendo que ser ajustada, apenas, a sua velocidade e a intensidade nos cortes.
Com os recentes eventos tanto dentro do Reino Unido quanto em escala global, com destaque para a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos, os especialistas apostam que a abordagem do BC do Reino Unido à partir de agora deve ser mais cautelosa.
“Embora as taxas de juros ainda devam cair, a pressão ascendente sobre a inflação do orçamento e os crescentes riscos globais, incluindo possíveis novas tarifas dos EUA, podem significar que a política será flexibilizada mais modestamente do que muitos previram”, afirmou Suren Thiru, diretor de economia do Instituto de Contadores Públicos da Inglaterra e do País de Gales (ICAEW, na sigla em inglês), em nota.
Hussain Mehdi, estrategista da HSBC Asset Management, partilha da mesma visão, afirmando esperar um “ciclo de flexibilização bastante superficial” à partir de agora.