A China anunciou, na noite de ontem (20), um corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) em suas taxas de juros de um e cinco anos.
Com isso, a taxa de 1 ano passou a 3,10% ao ano enquanto a de 5 anos foi a 3,60% ao ano.
O anúncio surpreendeu os especialistas, que previam que o Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês), manteria as taxas inalteradas em 3,35% e 3,85%, respectivamente.
Para eles, o corte é um bom sinal, conforme o país busca estimular sua economia e atingir a meta de crescimento de 5% para este ano.
Porém mais estímulos fiscais são esperados além do anúncio de hoje e da série de medidas apresentadas nas últimas semanas.
O UBS elevou suas perspectivas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da China em 2024 para 4,8% após o anúncio.
Ainda assim, os analistas da instituição afirmaram que “tanto a confiança das famílias quanto a das empresas podem ser ajudadas pelas expectativas de mais políticas e estabilização do mercado imobiliário”.
Apesar de considerar o movimento positivo, Zichun Huang, da Capital Economics, acredita que novos estímulos fiscais precisam ser anunciados.
“Uma reviravolta significativa no crescimento econômico exigiria uma resposta fiscal maior”, comentou ele.