A S&P Global publicou, nesta quinta-feira (21), seu relatório preliminar dos PMIs dos Estados Unidos referentes a Agosto.
O índice de atividade da indústria registrou queda de 1,6 ponto, para 48,0, abaixo dos 49,5 estimado pelos especialistas e atingindo seu menor patamar em 8 meses, enquanto o PMI de Serviços avançou 0,2 ponto, para 55,2, ante expectativa de queda de 1,0 ponto, para 54,0.
Com isso, o PMI Composto registrou leve queda de 0,2 ponto, para 54,3, ante estimativa de recuo de 1,1 ponto, para 53,2.
A pesquisa ainda indicou que os preços cobrados por bens e serviços aumentaram à taxa mais lenta já registrada desde Janeiro, pressionados pelos consumidores, que têm buscado “pechinchas” e substitutos de menor custo.
Outro fator que chama a atenção é a manutenção do índice que mede os novos pedidos recebidos pelas empresas, que passou de 52,2 para 52,3, com o índice de preços pagos permanecendo estável em 58,0 e o índice de preços cobrados pelos produtos caindo 0,3 ponto, para 52,8.
De acordo com o relatório, esse cenário é considerado pela consultoria como consistente com a meta de inflação de 2%.
Chris Williamson, economista-chefe de negócios da S&P Global Market Intelligence, afirmou que os números “apontam para um crescimento robusto do PIB acima de 2% anualizado no terceiro trimestre, o que deve ajudar a amenizar os temores de recessão de curto prazo”.
“Da mesma forma, a queda na inflação do preço de venda para um nível próximo à média pré-pandemia sinaliza uma ‘normalização’ da inflação e reforça o caso de taxas de juros mais baixas”, acrescenta.
Em outro relatório, divulgado mais cedo pelo Departamento do Trabalho dos Estados Unidos, o número de pedidos por seguro-desemprego cresceu em 4 mil quando comparado com a semana passada, para 232 mil. O resultado é levemente superior os 230 mil estimados pelos especialistas.
Apesar do avanço, a média das últimas 4 semanas recuou, passando de 236,75 mil para 236 mil.
Já os pedidos contínuos pelo benefício, cresceram 4 mil, para 1,863 milhão, abaixo dos 1,870 milhão estimados.
Para os especialistas, o conjunto de dados apresentados não reforça qualquer tese sobre o corte na taxa de juros norte-americana em Setembro que, desde ontem, após a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (FED), é dado como certo.
Sendo assim, eles seguem divididos entre um corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) e uma redução de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual).
Já no mercado, as apostas de que o FED deve reduzir os juros em 0,25 ponto percentual são ainda mais majoritárias hoje, chegando a 73,5% contra 26,5% que apostam em um corte de 0,50 ponto percentual.
Ontem essa relação era de 62,0% para um corte mínimo contra 38% para uma redução de maior magnitude, de acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group.