O Conference Board (CB) divulgou, nesta terça-feira (28), a Confiança do Consumidor referente a Janeiro.
O índice recuou de 109,5 (revisado para cima, de 104,7) para 104,1, surpreendendo os especialistas que previam que ele subisse para 105,9.
Mesmo com a revisão para cima de Dezembro, o resultado registrado em Janeiro é a segunda consecutiva, já que em Novembro a confiança do consumidor cravou 111,7 pontos.
De acordo com Dana Peterson, economista-chefe do CB, o resultado foi impactado em diversas frentes.
“As visões das condições atuais do mercado de trabalho caíram pela primeira vez desde setembro, enquanto as avaliações das condições de negócios enfraqueceram pelo segundo mês consecutivo”, afirmou.
“Além disso, as referências à inflação e aos preços continuam a dominar as respostas”.
Apesar da surpresa, quando comparado com o estimado pelo mercado, especialistas argumentaram que ela é condizente com o momento que vive a economia norte-americana.
De acordo com eles, o sentimento do consumidor segue a desaceleração do mercado de trabalho do país, enquanto que a inflação, apesar de ter desacelerado, segue tendo dificuldades “na última milha” para atingir a meta do Federal Reserve (FED), banco central norte-americano, de 2%.
Nesse contexto, a expectativa é que a autoridade monetária “pule” a próxima reunião do seu comitê, marcada para se encerrar amanhã, mantendo os juros do país inalterados no intervalo entre 4,25%-4,50%.
No mercado, a manutenção da taxa de juros nesta quarta também é consenso, com 99,5% dos investidores apostando nisso, de acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group.
Porém, olhando mais à frente, o mercado prevê que os juros norte-americanos devem ser cortados duas vezes, sendo a primeira em Junho e a segunda em Outubro, encerrando 2025 no intervalo entre 3,75%-4,00%.