O Departamento de Estatísticas da Alemanha (Destatis, na sigla em inglês) divulgou, nesta quinta-feira (28), a prévia do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) do país referente a Agosto.
A inflação alemã recuou -0,1% no comparativo mensal, depois de subir 0,3% em Julho.
No comparativo anual, ela registrou alta de 1,9%, 0,4 ponto percentual abaixo do registrado no mês anterior.
O desempenho surpreendeu os especialistas, que esperavam que o índice permanece estável (0,00%) em comparação a Julho e subisse 2,1% em comparação a Agosto do ano passado.
Os números harmonizados, para efeito de comparação com as demais economias da Zona do Euro, apresentaram números ainda melhores.
Em comparação a Julho, a inflação caiu -0,2%, depois de subir 0,5% no mês anterior, com os especialistas prevendo que ela fosse se manter estável (0,00%).
Já em comparação a Agosto de 2023, ela avançou 2,0%, 0,6 ponto percentual abaixo do registrado no relatório anterior e 0,3 ponto percentual abaixo do projetado.
O economista-chefe do Hamburg Commercial Bank, Cyrus de la Rubia, destacou que o resultado foi ainda melhor do que o previsto, já que a região da Renânia do Norte-Vestfália foi responsável por 21% do resultado anual apresentado.
“Isso parece um bom resultado”, comentou ele.
Timo Wollmershaeuser, chefe de previsões do Ifo, considerou o resultado positivo.
“No geral, a taxa de inflação nos próximos meses provavelmente permanecerá abaixo da marca de 2% almejada pelo BCE”, projeta.
Os números também foram bem recebidos pelos analistas do banco holandês ING, que acreditam que este relatório “claramente” inclinam a balança para um corte nos juros da Zona do Euro em Setembro.
“Se confirmados pelos dados de inflação da zona do euro de amanhã, os dados alemães de hoje devem tornar a decisão de cortar as taxas de juros na reunião de setembro um pouco mais fácil para o BCE”, afirmaram.
“A pressão inflacionária decrescente combinada com o ímpeto de crescimento decrescente oferecem um cenário macro quase perfeito para outro corte de taxa”.