O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou, na manhã desta quarta-feira (11), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) referente a Agosto.
A inflação norte-americana avançou novamente 0,2% no comparativo mensal, assim como aconteceu em Julho, e registrou alta de 2,5% no comparativo anual, 0,4 ponto percentual abaixo do registrado no relatório anterior.
O resultado, em linha com o projetado pelos especialistas, foi impactado, principalmente, pelos preços da energia, que recuou 0,8%, e dos alimentos, que avançaram apenas 0,1%.
Já o seu núcleo, quando essas duas categorias são retiradas do cálculo, avançou 0,3% em comparação a Julho, 0,1 ponto percentual acima do registrado no mês anterior e do estimado pelos especialistas, enquanto subiu 3,2% no comparativo anual, assim como ocorreu no último relatório e como era projetado.
O resultado foi visto como uma espécie de confirmação, por parte dos especialistas, de que o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, deve cortar os juros em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), na semana que vem.
Isso porque o núcleo do CPI acima do esperado demonstra, na visão deles, que a “reta final” do processo de desinflação deve ser levado com cautela por parte da autoridade monetária norte-americana.
No mercado, as apostas em um corte mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), chegaram a 85,0% depois do relatório divulgado nesta manhã, contra 15,0% que estima uma redução maior, de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual).
Ontem, cerca de 66,0% dos investidores previam uma redução mínima enquanto 34,0% deles projetavam uma de maior intensidade, de acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group.
Apesar disso, as perspectivas para a somatória de cortes neste ano segue inalterada, com o mercado prevendo que os juros dos Estados Unidos deve encerrar 2024 100 pontos-base (1,00 ponto percentual) abaixo do patamar atual, no intervalo entre 4,25%-4,50% ao ano.
Para isso, os investidores projetam um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na reunião de Novembro e um novo corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) em Dezembro.
Olhando para o fim do primeiro semestre do ano que vem, eles também seguem estimando que os juros norte-americanos devem chegar a 3,00%-3,25%, 225 pontos-base (2,25 ponto percentual) abaixo do patamar atual, projetando um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) em Janeiro e quatro cortes de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) em sequência até o último encontro do semestre, em Junho.