O Departamento do Comércio dos Estados Unidos publicou, nesta quarta-feira (14), o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) referente a Julho.
A inflação norte-americana avançou 0,2% em Julho, no comparativo mensal, depois de recuar -0,1% no mês anterior. O resultado foi em linha com o projetado pelos especialistas.
Em comparação a um ano antes, o índice apresentou alta de 2,9%, 0,1 ponto percentual abaixo do registrado no relatório anterior e do estimado. É a primeira vez que ele fica abaixo de 3,0% desde Março de 2021.
O resultado do mês foi puxado, principalmente, pelo aumento de 0,4% nos custos das moradias, enquanto os alimentos apresentaram alta de 0,2% e a energia permaneceu estável em comparação ao relatório anterior.
Seu núcleo, quando são descontados os preços dos alimentos e da energia, avançou 0,2% em comparação a Junho, 0,1 ponto percentual acima do mês anterior, enquanto que, no comparativo anual, ele desacelerou 0,1 ponto percentual, para 3,2%, com ambos os resultados vindo em linha com o projetado.
O resultado foi bem recebido pelos especialistas, conforme explicou o economista-chefe global do Citi, Nathan Sheets.
Para ele, o resultado é “um sinal verde para o Federal Reserve [FED, banco central dos Estados Unidos] cortar os juros em Setembro”.
Apesar do otimismo dos especialistas, o mercado voltou a precificar que o corte a ser anunciado pelo FED em Setembro deve ser de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), com a taxa de juros passando a 5,00%-5,25%.
De acordo com a ferramenta FEDWatch, do CME Group, 58,5% dos investidores aposta em um corte simples, enquanto os 41,5% restantes acredita que ele deve ser de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual).
Já para o encontro de Novembro, 47,5% deles espera que a autoridade monetária reduza os juros em 50 pontos-base (0,50 ponto percentual), acrescido de um segundo corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) em Dezembro, o que faria os juros do país encerrarem o ano no intervalo entre 4,25%-4,50%.
Para o fim do primeiro semestre do ano que vem, o mercado ainda prevê mais quatro cortes de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), levando os juros norte-americanos para o intervalo entre 3,25%-3,50%.