O Departamento do Comércio dos Estados Unidos divulgou, na manhã desta quinta-feira (31), o Índice de Preços PCE referente a Setembro.
O índice de inflação preferido do Federal Reserve (FED, na sigla em inglês), banco central do país, registrou alta de 0,2% em comparação a Agosto, 0,1 ponto percentual acima do registrado no mês anterior, porém em linha com o estimado pelos especialistas.
Em comparação ao mesmo período do ano passado, o PCE avançou 2,1%, 0,2 ponto percentual abaixo do registrado no relatório anterior e também em linha com o estimado.
Seu núcleo, quando são descontados os preços dos alimentos e de energia, registrou alta de 0,3% no comparativo mensal, 0,1 ponto percentual acima de Agosto e em linha com o projetado, e, no comparativo anual, avançou 2,7%, assim como em Agosto, ficando 0,1 ponto percentual acima do esperado.
A renda pessoal do norte-americano avançou 0,3% no mês, 0,1 ponto percentual acima do aumento registrado em Agosto e em linha com o estimado, enquanto seus gastos cresceram 0,5% no comparativo mensal, 0,2 ponto percentual acima do crescimento registrado no mês anterior e 0,1 ponto percentual superior ao projetado.
Com isso, o consumo pessoal real do país cresceu 0,4% em Setembro, depois de avançar 0,2% em Agosto (revisado para cima, de 0,1%).
Em outro relatório, divulgado no mesmo horário pelo Departamento do Trabalho do país, os pedidos iniciais por seguro-desemprego caíram 12 mil em comparação à semana passada, para 216 mil novas entradas no programa.
O resultado surpreendeu os especialistas, que previam que ele subiria para 229 mil.
Com isso, a média de pedidos nas últimas quatro semanas também arrefeceu, passando de 238,75 mil para 236,50 mil.
Da mesma maneira, os pedidos pela permanência no programa recuaram, passando de 1,88 milhão para 1,86 milhão, ante expectativa de alta para 1,89 milhão.
De forma geral, os especialistas consideraram os números neutros, corroborando a perspectiva de que o FED deve passar a flexibilizar a política monetária norte-americana de forma gradual, cortando 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) a cada redução a ser anunciada.
Eles destacam, porém, que o ritmo com que novos cortes serão anunciados dependerá dos dados.
No mercado, as apostas na manutenção da taxa de juros norte-americana no próximo encontro do comitê de política monetária do FED (FOMC, na sigla em inglês) apresentaram leve queda, passando de 4,8% ontem para 4,0% agora.
Os outros 96% dos investidores seguem projetando que a autoridade monetária deve reduzir os juros em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), para o intervalo entre 4,50%-4,75%, de acordo com dados compilados pela ferramenta FEDWatch, do CME Group.
Com relação aos próximos passos do FOMC, o mercado projeta que mais um corte mínimo, de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), deve ser anunciado em Dezembro, com os juros dos Estados Unidos encerrando 2024 entre 4,25%-4,50%.
Para o primeiro semestre do ano que vem, os investidores “postergaram” suas perspectivas para os cortes, prevendo que o primeiro, agora, deve ocorrer em Março, ante projeção de redução em Janeiro ontem, e o segundo em Junho, com a taxa de juros do país encerrando o período entre 3,75%-,400%.
Olhando para a taxa terminal do ano que vem, o mercado projeta mais um corte em Outubro, com ela fechando 2025 no intervalo entre 3,50%-3,75%.