A S&P Global divulgou, nesta quinta-feira (22), as leituras preliminares dos PMIs da Zona do Euro.
O índice de atividade da indústria do bloco registrou queda de 0,2 ponto, para 45,6, pouco abaixo dos 45,7 pontos projetados pelos especialistas, enquanto o índice de serviços avançou 1,4 ponto, para 53,3, na contramão das estimativas, que previam queda de 0,2 ponto, para 51,7.
Com isso, o PMI Composto avançou 1 ponto em comparação ao mês passado, para 51,2, também surpreendendo os especialistas, que previam queda de 0,1 ponto.
Na Alemanha, tanto o PMI Industrial quanto o de serviços registraram queda, com o índice Composto recuando 0,6 ponto, para 48,5, ante expectativa de leve alta para 49,2.
Já na França, o índice industrial recuou 1,9 ponto, para 42,1, enquanto o de serviços avançou 4,9 pontos puxado pelas Olimpíadas, fazendo com que o PMI Composto avançasse 3,6 pontos, para 52,7, ante expectativa de manutenção dos 49,1.
Os especialistas se mostraram divididos com relação aos dados, principalmente no que diz respeito aos seus impactos na política monetária da Zona do Euro.
Para os analistas de research do banco holandês ING, os números são difíceis de interpretar, já que eles foram puxados pelos dados de serviço franceses, que foram impulsionados pelos jogos olímpicos de Paris.
Apesar disso, eles acreditam que o relatório preliminar “fornece poucos motivos para os falcões se oporem a um corte [na taxa de juros do bloco] em setembro”.
Já para Franziska Palmas, da Capital Economics, os números indicam que o Banco Central Europeu (BCE) deve permanecer cauteloso em sua reunião de Setembro, o que reduz as chances de um corte nos juros do bloco.
Com relação às perspectivas para a economia europeia, Palmas comenta que o relatório “não é tão bom quanto parece, pois foi em grande parte devido ao impulso das Olimpíadas de Paris”, e acrescenta que “a pesquisa ainda aponta para uma desaceleração do crescimento do PIB no terceiro trimestre”.